A delegação da CEDEAO esteve esta segunda-feira em Bissau, onde manteve encontros com as autoridades militares atualmente no poder e, mais tarde, com os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições (CNE), sem que fossem prestadas declarações à imprensa.
No final do dia, o Representante Especial das Nações Unidas para a África Ocidental, Leonardo Simão, confirmou que a missão não se encontrou com o candidato presidencial Fernando Dias. Segundo explicou, os mediadores “encontraram-se com as entidades com as quais foi possível encontrar-se”, nomeadamente as novas autoridades, o Alto Comando Militar e a CNE.
Leonardo Simão sublinhou que a missão da CEDEAO “veio ouvir as partes” e que não tomou quaisquer decisões, estando agora a ser elaborado um relatório que será submetido à próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.
“Esta missão não está a tomar decisões”, afirmou.
De acordo com o representante das Nações Unidas, durante os encontros em Bissau, os responsáveis militares apresentaram “toda a evolução histórica dos problemas políticos do país”, os desafios enfrentados pelo processo eleitoral e o risco de um conflito pós-eleitoral.
“Disseram que havia o risco de um conflito resultante das eleições e que o que eles fizeram foi travar o processo eleitoral para evitar um conflito de maior dimensão”, explicou.
O antigo governante moçambicano revelou ainda que os militares manifestaram a necessidade de um período de transição de um ano, durante o qual pretendem realizar reformas estruturais que, segundo eles, não foram feitas ao longo de vários anos.
Questionado sobre a ausência de encontros com a oposição e com a sociedade civil, Leonardo Simão reiterou que a missão se limitou às entidades com quem foi possível reunir. Fontes do PRS afirmam que Fernando Dias permanece no país sob proteção da embaixada da Nigéria, facto confirmado posteriormente pelo governo nigeriano.
Relativamente à exigência da CEDEAO sobre a publicação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro, Leonardo Simão disse que a missão questionou a CNE sobre essa possibilidade.
“Disseram que não tinham condições de publicar os resultados porque não receberam todas as atas do processo eleitoral”, esclareceu.
Após concluir as reuniões, a missão da CEDEAO deixou o país, remetendo qualquer decisão para a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do bloco regional, marcada para 14 de dezembro.
Entretanto, Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, confirmou à RFI que a missão da CEDEAO não se reuniu com nenhuma figura ou organização da sociedade civil durante a sua estadia em Bissau.
Redaçõa: Betegb
Fonte:RFI
Leonardo Simão sublinhou que a missão da CEDEAO “veio ouvir as partes” e que não tomou quaisquer decisões, estando agora a ser elaborado um relatório que será submetido à próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.
“Esta missão não está a tomar decisões”, afirmou.
De acordo com o representante das Nações Unidas, durante os encontros em Bissau, os responsáveis militares apresentaram “toda a evolução histórica dos problemas políticos do país”, os desafios enfrentados pelo processo eleitoral e o risco de um conflito pós-eleitoral.
“Disseram que havia o risco de um conflito resultante das eleições e que o que eles fizeram foi travar o processo eleitoral para evitar um conflito de maior dimensão”, explicou.
O antigo governante moçambicano revelou ainda que os militares manifestaram a necessidade de um período de transição de um ano, durante o qual pretendem realizar reformas estruturais que, segundo eles, não foram feitas ao longo de vários anos.
Questionado sobre a ausência de encontros com a oposição e com a sociedade civil, Leonardo Simão reiterou que a missão se limitou às entidades com quem foi possível reunir. Fontes do PRS afirmam que Fernando Dias permanece no país sob proteção da embaixada da Nigéria, facto confirmado posteriormente pelo governo nigeriano.
Relativamente à exigência da CEDEAO sobre a publicação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro, Leonardo Simão disse que a missão questionou a CNE sobre essa possibilidade.
“Disseram que não tinham condições de publicar os resultados porque não receberam todas as atas do processo eleitoral”, esclareceu.
Após concluir as reuniões, a missão da CEDEAO deixou o país, remetendo qualquer decisão para a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do bloco regional, marcada para 14 de dezembro.
Entretanto, Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, confirmou à RFI que a missão da CEDEAO não se reuniu com nenhuma figura ou organização da sociedade civil durante a sua estadia em Bissau.
Redaçõa: Betegb
Fonte:RFI
