Na Guiné-Bissau, poucas horas após disparos terem sido ouvidos nas imediações do Palácio Presidencial, na quarta-feira, 26 de novembro de 2025, por volta do meio-dia, um grupo de oficiais que se autodenomina “Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem” anunciou ter assumido o controle do país “até segunda ordem”, determinando igualmente o fecho das fronteiras nacionais.
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa realizada no Quartel-General do Estado-Maior das Forças Armadas, em Bissau, pelo Brigadeiro-General Denis N’Canha, chefe do gabinete militar da Presidência da República. Segundo a declaração lida publicamente, os militares decidiram suspender o processo eleitoral em curso, o que implica o cancelamento dos resultados das eleições presidenciais e legislativas, bem como interromper a programação dos órgãos de comunicação social.
Apesar do anúncio, os oficiais apelaram à população para que mantivesse a calma.
Tiroteios e detenções
Mais cedo, relatos davam conta de intensos tiroteios na capital, sobretudo nas proximidades do Palácio Presidencial e da Comissão Nacional de Eleições. De acordo com informações divulgadas pela imprensa internacional, o então presidente cessante, Umaru Sissoco Embaló, afirmou ter sido detido no seu gabinete, no Palácio Presidencial, por volta do meio-dia (UTC).
Segundo o próprio, o Ministro do Interior, Botché Candé, assim como altos responsáveis militares — incluindo o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o seu vice — também teriam sido detidos. O presidente declarou não ter sofrido violência física e acusou o chefe do Estado-Maior do Exército de ser o autor do golpe.
Situação de segurança
Fontes no terreno indicaram que, algumas horas depois dos incidentes, a situação aparentava estar mais calma, com elementos da Guarda Presidencial posicionados em pontos estratégicos de acesso ao Palácio. No entanto, o paradeiro de Umaru Sissoco Embaló permanecia desconhecido.
Contexto político
Os acontecimentos ocorrem após as eleições presidenciais e legislativas realizadas no domingo, 23 de novembro, nas quais o presidente em exercício era apontado como favorito. Embora os resultados oficiais estivessem previstos para quinta-feira, 27 de novembro, tanto Umaru Sissoco Embaló como o seu principal adversário, Fernando Dias da Costa, reivindicaram vitória antes da divulgação dos dados finais.
A Guiné-Bissau relembra ainda a crise pós-eleitoral de 2019, quando disputas em torno dos resultados levaram a vários meses de instabilidade política, com diferentes candidatos a reclamarem a vitória nas urnas.
Publicado em: 26/11/2025 – 14:14
Atualizado em: 26/11/2025 – 16:12
Redação: Betegb
Fonte: RFI
Apesar do anúncio, os oficiais apelaram à população para que mantivesse a calma.
Tiroteios e detenções
Mais cedo, relatos davam conta de intensos tiroteios na capital, sobretudo nas proximidades do Palácio Presidencial e da Comissão Nacional de Eleições. De acordo com informações divulgadas pela imprensa internacional, o então presidente cessante, Umaru Sissoco Embaló, afirmou ter sido detido no seu gabinete, no Palácio Presidencial, por volta do meio-dia (UTC).
Segundo o próprio, o Ministro do Interior, Botché Candé, assim como altos responsáveis militares — incluindo o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o seu vice — também teriam sido detidos. O presidente declarou não ter sofrido violência física e acusou o chefe do Estado-Maior do Exército de ser o autor do golpe.
Situação de segurança
Fontes no terreno indicaram que, algumas horas depois dos incidentes, a situação aparentava estar mais calma, com elementos da Guarda Presidencial posicionados em pontos estratégicos de acesso ao Palácio. No entanto, o paradeiro de Umaru Sissoco Embaló permanecia desconhecido.
Contexto político
Os acontecimentos ocorrem após as eleições presidenciais e legislativas realizadas no domingo, 23 de novembro, nas quais o presidente em exercício era apontado como favorito. Embora os resultados oficiais estivessem previstos para quinta-feira, 27 de novembro, tanto Umaru Sissoco Embaló como o seu principal adversário, Fernando Dias da Costa, reivindicaram vitória antes da divulgação dos dados finais.
A Guiné-Bissau relembra ainda a crise pós-eleitoral de 2019, quando disputas em torno dos resultados levaram a vários meses de instabilidade política, com diferentes candidatos a reclamarem a vitória nas urnas.
Publicado em: 26/11/2025 – 14:14
Atualizado em: 26/11/2025 – 16:12
Redação: Betegb
Fonte: RFI
