CPLP recomenda suspensão temporária da Guiné-Bissau após golpe de Estado

Chefes da diplomacia lusófona manifestam profunda preocupação e sugerem transferência da presidência pro tempore

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) recomendaram, esta sexta-feira, a suspensão temporária da Guiné-Bissau da organização, na sequência do golpe de Estado ocorrido na última semana no país.
De acordo com o comunicado final da reunião, “o Conselho de Ministros recomenda a suspensão temporária da Guiné-Bissau, a ser decidida na Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, e a transferência da presidência pro tempore da organização para outro Estado-Membro”.

Os chefes da diplomacia dos países lusófonos manifestaram ainda “profunda preocupação” com a instabilidade política e institucional que assola o país.

Golpe derrubou governo e Presidente

No dia 26 de novembro, homens armados tomaram o palácio presidencial e derrubaram o governo e o Presidente da República. O golpe ocorreu três dias após as eleições presidenciais e legislativas e na véspera da divulgação dos resultados provisórios.
As informações preliminares apontavam para a vitória, na primeira volta, de Fernando Dias, candidato independente apoiado pela oposição.

Esta quarta-feira, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) admitiu que o processo eleitoral não sobreviveu ao golpe. Segundo a instituição, materiais informáticos foram vandalizados, atas eleitorais foram confiscadas e parte dos documentos destruídos, tornando impossível a divulgação oficial dos resultados.

Um histórico de instabilidade
Com este episódio, a Guiné-Bissau soma dez golpes de Estado nos últimos cinco anos, reforçando o quadro de instabilidade política crónica que afeta o país.

Redação: Betegb

Fonte: Sic Notícias

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