Durante cerimónia em Mores, líder comunitário Bocar Candé afirma que aldeia nunca recebeu apoio governamental e destaca a falta de água potável e estradas como os principais desafios.
Vila de Mores, Oio – O responsável da Tabanca de Nemunacó Fula, situada na seção de Mores, setor de Mansaba, região norte do país, Bocar Candé, denunciou neste fim de semana que a sua comunidade vive há mais de 50 anos em completo abandono por parte do Estado guineense, desde o término da luta de libertação nacional em 1973.
A declaração foi feita durante a cerimónia de tomada de posse dos novos corpos diretivos e sociais da Associação de Filhos e Amigos da Seção de Mores, realizada na vila de Mores. Visivelmente emocionado, Bocar Candé expressou sua frustração com a ausência total de investimentos e políticas públicas que atendam às necessidades básicas da população local.
“Desde a independência até hoje, a Tabanca de Nemunacó Fula nunca beneficiou de nenhum apoio do Estado. Estamos esquecidos. A nossa maior preocupação continua a ser a falta de água potável. Os sucessivos governos ignoraram completamente a nossa existência”, lamentou Candé.
Além da escassez de água, o líder comunitário destacou a péssima condição das vias de acesso, especialmente o troço que liga as localidades de Cutia a Tancurwal, o que dificulta a mobilidade e o escoamento de produtos agrícolas, agravando ainda mais a situação socioeconómica da tabanca.
O Comité da Tabanca de Nemunacó Fula também partilha da mesma preocupação, afirmando que o isolamento da comunidade está a contribuir para o aumento da pobreza e para o êxodo dos jovens para outras regiões do país e do estrangeiro.
A denúncia de Bocar Candé surge como um apelo urgente aos poderes públicos, às organizações da sociedade civil e aos parceiros internacionais para que olhem com mais atenção para as comunidades rurais como Nemunacó Fula, que continuam a pagar o preço do esquecimento, décadas após a conquista da independência nacional.
Um trabalho do repórter Siaca Sissé no setor de Mansaba
Redação: Betegb ©2025
A declaração foi feita durante a cerimónia de tomada de posse dos novos corpos diretivos e sociais da Associação de Filhos e Amigos da Seção de Mores, realizada na vila de Mores. Visivelmente emocionado, Bocar Candé expressou sua frustração com a ausência total de investimentos e políticas públicas que atendam às necessidades básicas da população local.
“Desde a independência até hoje, a Tabanca de Nemunacó Fula nunca beneficiou de nenhum apoio do Estado. Estamos esquecidos. A nossa maior preocupação continua a ser a falta de água potável. Os sucessivos governos ignoraram completamente a nossa existência”, lamentou Candé.
Além da escassez de água, o líder comunitário destacou a péssima condição das vias de acesso, especialmente o troço que liga as localidades de Cutia a Tancurwal, o que dificulta a mobilidade e o escoamento de produtos agrícolas, agravando ainda mais a situação socioeconómica da tabanca.
O Comité da Tabanca de Nemunacó Fula também partilha da mesma preocupação, afirmando que o isolamento da comunidade está a contribuir para o aumento da pobreza e para o êxodo dos jovens para outras regiões do país e do estrangeiro.
A denúncia de Bocar Candé surge como um apelo urgente aos poderes públicos, às organizações da sociedade civil e aos parceiros internacionais para que olhem com mais atenção para as comunidades rurais como Nemunacó Fula, que continuam a pagar o preço do esquecimento, décadas após a conquista da independência nacional.
Um trabalho do repórter Siaca Sissé no setor de Mansaba
Redação: Betegb ©2025