Chefe da Tabanca de Mansode responsabiliza o Estado por falhas de segurança após roubo de mais de 100 animais

Aliu Turé denuncia aumento de assaltos armados e alerta para risco de fome devido à fraca produção agrícola na Tabanca de Mansode, setor de Mansaba, região de OioMansaba,

19 de outubro de 2025 — Reportagem de Siaca Sissé

O chefe da Tabanca de Mansode, no setor de Mansaba, região de Oio, Aliu Turé, responsabilizou o Estado da Guiné-Bissau pelas falhas de segurança que têm deixado a comunidade vulnerável a sucessivos roubos e ataques.
Em entrevista concedida na tarde deste sábado ao nosso correspondente local, Aliu Turé reagiu ao roubo de mais de 100 cabeças de gado, entre cabras e carneiros, ocorrido na noite da última sexta-feira. Segundo ele, os gatunos atuam armados e atacam a população com total impunidade.

“Os ladrões entram nas nossas tabancas com armas nas mãos. Já não há segurança nem para as pessoas, nem para os animais. A justiça está ausente”, lamentou o líder comunitário.
Diante do aumento dos casos de roubo, Turé informou que pretende mobilizar e sensibilizar a população local para reforçar a vigilância comunitária como forma de autoproteção e defesa dos seus bens.

Além das preocupações com a segurança, o chefe da Tabanca destacou que a má colheita agrícola deste ano ameaça provocar fome em Mansode, onde vivem mais de 2.000 pessoas. Ele apelou ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e às autoridades nacionais para que intervenham com apoio alimentar e manutenção da bomba eletrónica de água da comunidade.

“Se nada for feito, a nossa tabanca pode enfrentar uma crise humanitária. Precisamos de ajuda urgente para garantir o sustento das nossas famílias”, alertou.

A Tabanca de Mansode, uma das mais antigas do setor de Mansaba, enfrenta atualmente sérias dificuldades sociais, agravadas pela insegurança e pela falta de resposta das instituições do Estado.

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