A UNITA abre esta quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência, mas até agora só Adalberto Costa Júnior confirmou intenção de concorrer, podendo tornar-se candidato único no XIV Congresso.
Em Angola, abrem na próxima quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). O novo líder será eleito durante o XIV Congresso Ordinário do partido, marcado para os dias 28, 29 e 30 de novembro.
Até ao momento, apenas o atual presidente, Adalberto Costa Júnior, manifestou intenção de concorrer à sua própria sucessão, cenário que difere dos congressos anteriores, tradicionalmente marcados por várias candidaturas.
Adalberto Costa Júnior será o único candidato da UNITA?
A UNITA abre esta quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência, mas até agora só Adalberto Costa Júnior confirmou intenção de concorrer, podendo tornar-se candidato único no XIV Congresso.
Em Angola, abrem na próxima quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). O novo líder será eleito durante o XIV Congresso Ordinário do partido, marcado para os dias 28, 29 e 30 de novembro. Até ao momento, apenas o atual presidente, Adalberto Costa Júnior, manifestou intenção de concorrer à sua própria sucessão, cenário que difere dos congressos anteriores, tradicionalmente marcados por várias candidaturas.
Candidatura única
Nos próximos dias, Adalberto Costa Júnior poderá ser confirmado como candidato único, uma vez que outros nomes apontados como potenciais concorrentes — Liberty Chiaka, líder da bancada parlamentar; Nelito Ekuikui, dirigente da juventude da UNITA; e Massanga Savimbi, filho do fundador do partido, Jonas Savimbi — afastaram-se da corrida. O analista político Manuel Cangundo, ouvido pela DW, considera que a possibilidade de Adalberto concorrer sozinho é normal. "Candidatura única ou múltiplas candidaturas não é critério para se aferir ou não a existência de democracia interna de um partido político”, afirmou.
Nem todos partilham da mesma visão. O politólogo Agostinho Sicato entende que a falta de outros candidatos pode representar um retrocesso democrático dentro do partido. "Poderia ser um retrocesso do ponto de vista democrático, porque a UNITA habituou a sociedade, há mais de 20 anos, à realização de congressos com candidaturas múltiplas”, sublinhou. Durante a conferência de imprensa que anunciou a abertura das candidaturas, Álvaro Chikwamanga Daniel reforçou o apelo para que outros militantes se apresentem. "Sentimos que há vontade de surgirem outras candidaturas para concorrerem ao cadeirão de presidente do partido, e nós, enquanto comissão organizadora, temos estado a encorajar tais candidatos a se manifestarem.”
Reflexão interna
Para Agostinho Sicato, se não surgirem mais concorrentes além de Adalberto Costa Júnior, o facto poderá exigir uma reflexão dentro da UNITA. "Porque isso significará que alguma coisa não anda bem. Ou não há candidatos para competir com o atual presidente ou há uma espécie de intimidação interna que faz com que os outros nem sequer ousem apresentar-se como potenciais candidatos.
As candidaturas ao cargo de presidente da UNITA decorrem de 8 a 22 de outubro. O XIV Congresso Ordinário será decisivo para o futuro da liderança do maior partido da oposição angolana.
Redação: Betegb
Fonte: DW
Adalberto Costa Júnior será o único candidato da UNITA?
A UNITA abre esta quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência, mas até agora só Adalberto Costa Júnior confirmou intenção de concorrer, podendo tornar-se candidato único no XIV Congresso.
Em Angola, abrem na próxima quarta-feira (08.10) as candidaturas à presidência da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). O novo líder será eleito durante o XIV Congresso Ordinário do partido, marcado para os dias 28, 29 e 30 de novembro. Até ao momento, apenas o atual presidente, Adalberto Costa Júnior, manifestou intenção de concorrer à sua própria sucessão, cenário que difere dos congressos anteriores, tradicionalmente marcados por várias candidaturas.
Candidatura única
Nos próximos dias, Adalberto Costa Júnior poderá ser confirmado como candidato único, uma vez que outros nomes apontados como potenciais concorrentes — Liberty Chiaka, líder da bancada parlamentar; Nelito Ekuikui, dirigente da juventude da UNITA; e Massanga Savimbi, filho do fundador do partido, Jonas Savimbi — afastaram-se da corrida. O analista político Manuel Cangundo, ouvido pela DW, considera que a possibilidade de Adalberto concorrer sozinho é normal. "Candidatura única ou múltiplas candidaturas não é critério para se aferir ou não a existência de democracia interna de um partido político”, afirmou.
Nem todos partilham da mesma visão. O politólogo Agostinho Sicato entende que a falta de outros candidatos pode representar um retrocesso democrático dentro do partido. "Poderia ser um retrocesso do ponto de vista democrático, porque a UNITA habituou a sociedade, há mais de 20 anos, à realização de congressos com candidaturas múltiplas”, sublinhou. Durante a conferência de imprensa que anunciou a abertura das candidaturas, Álvaro Chikwamanga Daniel reforçou o apelo para que outros militantes se apresentem. "Sentimos que há vontade de surgirem outras candidaturas para concorrerem ao cadeirão de presidente do partido, e nós, enquanto comissão organizadora, temos estado a encorajar tais candidatos a se manifestarem.”
Reflexão interna
Para Agostinho Sicato, se não surgirem mais concorrentes além de Adalberto Costa Júnior, o facto poderá exigir uma reflexão dentro da UNITA. "Porque isso significará que alguma coisa não anda bem. Ou não há candidatos para competir com o atual presidente ou há uma espécie de intimidação interna que faz com que os outros nem sequer ousem apresentar-se como potenciais candidatos.
As candidaturas ao cargo de presidente da UNITA decorrem de 8 a 22 de outubro. O XIV Congresso Ordinário será decisivo para o futuro da liderança do maior partido da oposição angolana.
Redação: Betegb
Fonte: DW