A Associação Nacional de programação e defesa dos direitos de trabalhadores domésticos da Guiné-Bissau (ANAPROMED-GB) apresentou uma queixa contra o novo diretor da Escola Kwame Nkrumah por despedir nove funcionários da instituição. Segundo a entidade, os profissionais, que atuavam na escola há mais de 20 anos, foram afastados sem justificativa plausível, sob a alegação de reformas no estabelecimento.
Conceição Fernandes Nanque, uma das funcionárias afetadas pela decisão, relatou que o grupo aguardava a reabertura da escola após a conclusão das obras de reabilitação, conforme orientação do antigo diretor.
“Estamos a trabalhar naquela escola desde 2005. O antigo diretor pediu que esperássemos até que as obras terminassem. No entanto, ele faleceu antes da conclusão das reformas. Quando a escola reabriu, procuramos o atual diretor e ele nos disse para continuarmos a aguardar. O setor financeiro nos solicitou cópias de documentos, chamaram apenas duas pessoas, mas nós nunca fomos contactados”, explicou Conceição.
Diante da incerteza, Conceição e os demais funcionários procuraram esclarecimentos junto à administração da escola. “Quando fui perguntar quando é que poderíamos começar a trabalhar, disseram-nos para esperar até o próximo ano. No entanto, outras pessoas foram contratadas e já estão a trabalhar, por isso decidimos apresentar uma queixa para entender se seremos pagos, reintegrados ou se receberemos uma indemnização”, concluiu.
ANAPROMED-GB promete levar o caso ao Ministério Público
Sene Bacai Cassamá, presidente da ANAPROMED-GB, condenou a atitude do novo diretor e destacou que a substituição dos funcionários antigos por novos trabalhadores configura uma prática abusiva. “Não é aceitável que diretores contratem novos funcionários enquanto despedem aqueles que dedicaram anos de serviço à instituição. Por esse motivo, decidimos apresentar uma queixa contra o diretor da escola”, afirmou Cassamá.
Ele também alertou que, caso a Função Pública não resolva o problema, a associação levará o caso ao Ministério Público. “Não vamos permitir que essas pessoas sejam afastadas injustamente. Se não forem reintegradas, exigiremos a devida indemnização”, acrescentou.
Cassamá também questionou o papel do Ministério da Educação diante de casos semelhantes. “Como é que o Ministério da Educação permite que diretores contratem funcionários dessa forma? Isso é inadmissível. Vamos continuar a fiscalizar outras escolas para evitar que situações como esta voltem a ocorrer.”
A direção da Função Pública prometeu chamar o atual diretor da Escola Kwame Nkrumah para discutir e buscar uma solução para o problema. Segundo Cassamá, essa situação pode estar ocorrendo em outras escolas do país e precisa ser investigada com rigor.
Além da demissão inesperada, os funcionários reclamam de uma dívida salarial acumulada ao longo de nove anos. Segundo informações, os salários variavam entre 12 mil e 25 mil francos CFA, mas atualmente foram ajustados para 52 mil francos CFA.
Sene Bacai Cassamá garantiu que a ANAPROMED-GB não aceitará que o caso fique sem solução. “Se não houver uma resolução justa, tomaremos medidas legais para garantir que os trabalhadores recebam seus direitos”, finalizou.
Redação: Betegb
“Estamos a trabalhar naquela escola desde 2005. O antigo diretor pediu que esperássemos até que as obras terminassem. No entanto, ele faleceu antes da conclusão das reformas. Quando a escola reabriu, procuramos o atual diretor e ele nos disse para continuarmos a aguardar. O setor financeiro nos solicitou cópias de documentos, chamaram apenas duas pessoas, mas nós nunca fomos contactados”, explicou Conceição.
Diante da incerteza, Conceição e os demais funcionários procuraram esclarecimentos junto à administração da escola. “Quando fui perguntar quando é que poderíamos começar a trabalhar, disseram-nos para esperar até o próximo ano. No entanto, outras pessoas foram contratadas e já estão a trabalhar, por isso decidimos apresentar uma queixa para entender se seremos pagos, reintegrados ou se receberemos uma indemnização”, concluiu.
ANAPROMED-GB promete levar o caso ao Ministério Público
Sene Bacai Cassamá, presidente da ANAPROMED-GB, condenou a atitude do novo diretor e destacou que a substituição dos funcionários antigos por novos trabalhadores configura uma prática abusiva. “Não é aceitável que diretores contratem novos funcionários enquanto despedem aqueles que dedicaram anos de serviço à instituição. Por esse motivo, decidimos apresentar uma queixa contra o diretor da escola”, afirmou Cassamá.
Ele também alertou que, caso a Função Pública não resolva o problema, a associação levará o caso ao Ministério Público. “Não vamos permitir que essas pessoas sejam afastadas injustamente. Se não forem reintegradas, exigiremos a devida indemnização”, acrescentou.
Cassamá também questionou o papel do Ministério da Educação diante de casos semelhantes. “Como é que o Ministério da Educação permite que diretores contratem funcionários dessa forma? Isso é inadmissível. Vamos continuar a fiscalizar outras escolas para evitar que situações como esta voltem a ocorrer.”
A direção da Função Pública prometeu chamar o atual diretor da Escola Kwame Nkrumah para discutir e buscar uma solução para o problema. Segundo Cassamá, essa situação pode estar ocorrendo em outras escolas do país e precisa ser investigada com rigor.
Além da demissão inesperada, os funcionários reclamam de uma dívida salarial acumulada ao longo de nove anos. Segundo informações, os salários variavam entre 12 mil e 25 mil francos CFA, mas atualmente foram ajustados para 52 mil francos CFA.
Sene Bacai Cassamá garantiu que a ANAPROMED-GB não aceitará que o caso fique sem solução. “Se não houver uma resolução justa, tomaremos medidas legais para garantir que os trabalhadores recebam seus direitos”, finalizou.
Redação: Betegb
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Justiça