População de Binta denuncia falta de medicamentos e pede ambulância ao Governo da Guiné-Bissau

O presidente da secção de Binta, Daniel Seco Injai, alerta para a escassez de medicamentos, a falta de água potável e o atraso no início do ano letivo, pedindo a intervenção urgente do Ministério da Saúde Pública.

Farim, Região de Oio — 15 de outubro de 2025

A população da secção de Binta, situada no setor de Farim, norte da Região de Oio, denunciou a grave falta de medicamentos e condições básicas no centro de saúde local, afetando centenas de famílias daquela comunidade rural.

A denúncia foi feita nesta quarta-feira pelo presidente da secção, Daniel Seco Injai, durante uma entrevista telefónica concedida ao correspondente da Tvbetegb e do Jornalbetegb no setor de Mansaba.

Segundo o dirigente comunitário, a situação é crítica e preocupante, uma vez que o centro de saúde enfrenta insuficiência de medicamentos essenciais, o que tem dificultado o atendimento de pacientes com doenças comuns.

"Estamos sem medicamentos e até sem água potável para consumo. As populações estão a sofrer, e o centro de saúde está praticamente sem meios para atender os doentes”, lamentou Daniel Seco Injai.

Além da crise sanitária, o responsável alertou também para a falta de água potável, situação que agrava as condições de vida e aumenta o risco de doenças de origem hídrica na região.

Outro ponto destacado foi o atraso no início do ano letivo, devido à escassez de professores nas escolas locais. De acordo com Injai, muitas crianças estão sem aulas há semanas, o que ameaça comprometer o calendário escolar da comunidade.

Perante esse cenário, Daniel Seco Injai lançou um apelo urgente ao Governo da Guiné-Bissau, especialmente ao Ministério da Saúde Pública, para que seja colocada uma ambulância no centro de saúde de Binta, permitindo a transferência rápida de pacientes graves para o hospital regional de Farim.

Uma simples ambulância pode salvar vidas. Precisamos de apoio do Estado para reduzir as mortes evitáveis aqui na nossa comunidade”, reforçou o presidente da secção.

Por: Siaca Sissé

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