Patrick Muyaya critica o silêncio dos líderes religiosos diante da violência e pede uma posição firme contra os ataques em solo congolês
A recente escalada da violência na cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), resultou em mais de 3.000 mortos, provocando indignação e um apelo por uma condenação mais contundente dos atos de barbárie cometidos por forças ruandesas. Durante uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, o Ministro da Comunicação e Mídia, Patrick Muyaya Katembwe, expressou sua frustração com a ausência de uma posição clara por parte dos líderes religiosos do paí.
São mais de 3.000 congoleses que morreram em condições terríveis. Não ouvi os príncipes da Igreja, nossos pais, condenarem claramente essa barbárie. No entanto, aqueles que morreram são congoleses, eles também são seus fiéis”, declarou Muyaya, reforçando a necessidade de uma postura firme diante da violência que assola a região
O ministro destacou que, enquanto as lideranças eclesiásticas da Igreja de Cristo no Congo (ECC) e da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) promovem diálogos em busca de um pacto social pela paz, a prioridade deveria ser a denúncia categórica dos crimes cometidos contra a população civil.
"Quando você está em uma casa pegando fogo, a primeira emergência é apagar o fogo. Hoje, penso que no contexto da sua abordagem, o urgente é, antes de tudo, denunciar este mal que vem do próximo que conhecemos", acrescentou.
Patrick Muyaya também esclareceu que, ao contrário de algumas interpretações, o presidente Félix Tshisekedi não concedeu nenhum mandato oficial aos padres da ECC e da CENCO para liderarem o processo de negociação.
"O Presidente da República recebeu os padres do CENCO e do ECC a pedido deles e escutou sua iniciativa. Mas o Presidente não lhes deu qualquer mandato. Eles estão no início de um processo que visa um pacto social pela paz, o que é legítimo, mas não podemos confundir isso com uma delegação oficial do chefe de Estado", esclareceu.
Antes de encerrar sua fala, Muyaya fez um apelo direto a toda a população congolesa e à comunidade internacional para que condenem abertamente as atrocidades cometidas pelas forças ruandesas. Segundo ele, ignorar ou relativizar essa agressão apenas fortalece os responsáveis pelos ataques e perpetua a crise humanitária no país.
A violência em Goma é mais um capítulo do longo conflito entre Ruanda e a RDC, que envolve disputas territoriais, interesses geopolíticos e a atuação de grupos armados na região dos Grandes Lagos. Enquanto as tentativas diplomáticas buscam caminhos para a paz, a população civil continua a pagar um preço alto pela instabilidade e pela falta de ações concretas para deter o massacre.
Redação: Betegb
Fonte:RTnc
São mais de 3.000 congoleses que morreram em condições terríveis. Não ouvi os príncipes da Igreja, nossos pais, condenarem claramente essa barbárie. No entanto, aqueles que morreram são congoleses, eles também são seus fiéis”, declarou Muyaya, reforçando a necessidade de uma postura firme diante da violência que assola a região
O ministro destacou que, enquanto as lideranças eclesiásticas da Igreja de Cristo no Congo (ECC) e da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) promovem diálogos em busca de um pacto social pela paz, a prioridade deveria ser a denúncia categórica dos crimes cometidos contra a população civil.
"Quando você está em uma casa pegando fogo, a primeira emergência é apagar o fogo. Hoje, penso que no contexto da sua abordagem, o urgente é, antes de tudo, denunciar este mal que vem do próximo que conhecemos", acrescentou.
Patrick Muyaya também esclareceu que, ao contrário de algumas interpretações, o presidente Félix Tshisekedi não concedeu nenhum mandato oficial aos padres da ECC e da CENCO para liderarem o processo de negociação.
"O Presidente da República recebeu os padres do CENCO e do ECC a pedido deles e escutou sua iniciativa. Mas o Presidente não lhes deu qualquer mandato. Eles estão no início de um processo que visa um pacto social pela paz, o que é legítimo, mas não podemos confundir isso com uma delegação oficial do chefe de Estado", esclareceu.
Antes de encerrar sua fala, Muyaya fez um apelo direto a toda a população congolesa e à comunidade internacional para que condenem abertamente as atrocidades cometidas pelas forças ruandesas. Segundo ele, ignorar ou relativizar essa agressão apenas fortalece os responsáveis pelos ataques e perpetua a crise humanitária no país.
A violência em Goma é mais um capítulo do longo conflito entre Ruanda e a RDC, que envolve disputas territoriais, interesses geopolíticos e a atuação de grupos armados na região dos Grandes Lagos. Enquanto as tentativas diplomáticas buscam caminhos para a paz, a população civil continua a pagar um preço alto pela instabilidade e pela falta de ações concretas para deter o massacre.
Redação: Betegb
Fonte:RTnc