Presidente da Guiné-Bissau promete legislativas e presidenciais, criticando proliferação partidária e defendendo reformas estruturais
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou nesta quarta-feira (9) que marcará em breve a data das eleições legislativas antecipadas, além de confirmar as presidenciais para novembro de 2025. Durante a cerimônia de cumprimentos de Ano Novo com representantes de diversas instituições nacionais, Embaló lançou um desafio à oposição: "Quem discordar que vá ao tribunal. A afirmação faz referência à decisão do Supremo Tribunal de Justiça que, em 2020, validou seu mandato a partir de 4 de setembro daquele ano, após contencioso eleitoral. A oposição, no entanto, argumenta que o mandato de Embaló deve terminar em 27 de fevereiro de 2025, data da sua posse simbólica, ocorrida em um hotel em Bissau
Sissoco Embaló declarou que realizará consultas com partidos políticos e plataformas eleitorais para definir a data das legislativas, enfatizando que “o povo deve decidir”. Ele também instruiu o primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, a priorizar o planejamento técnico e financeiro para viabilizar as duas eleições.
As legislativas deveriam ter ocorrido em 24 de novembro de 2024, mas foram adiadas por falta de condições técnicas e financeiras. Agora, Embaló reafirma seu compromisso em garantir que as eleições sejam realizadas com transparência e organização.
O Presidente voltou a criticar a proliferação de partidos políticos no país, defendendo a formação de plataformas como um passo em direção à consolidação democrática. Ele sugeriu que o modelo ideal seria uma alternância bipartidária, como em Cabo Verde ou nos Estados Unidos.
“Se não for o MpD e o PAICV em Cabo Verde, são os democratas e republicanos nos EUA. A Guiné-Bissau precisa caminhar nessa direção”, afirmou.
Se reeleito, Embaló promete priorizar a realização das primeiras eleições autárquicas na história do país antes de qualquer consulta popular. Para ele, as autarquias são fundamentais para descentralizar o poder e desafogar o governo central.
“Todos os partidos que venceram legislativas têm medo de eleições autárquicas. Isso é a chave para um futuro mais equilibrado”, defendeu.
O Parlamento foi duramente criticado por Embaló, que o classificou como o principal foco de instabilidade política e corrupção no país. Ele acusou o órgão de criar crises que comprometem o progresso nacional. “Enquanto eu for Presidente, ninguém fará chantagens ou me terá como refém”, advertiu.
Umaro Sissoco Embaló continua a enfrentar resistência política, mas reforça sua postura de liderança firme. Ao alinhar suas ações com a promessa de reformas estruturais, ele busca consolidar sua posição no cenário político da Guiné-Bissau, apesar das tensões crescentes com a oposição.
Com eleições se aproximando, a Guiné-Bissau se prepara para mais um capítulo de sua complexa trajetória democrática.
Por:Jorge Dafa
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou nesta quarta-feira (9) que marcará em breve a data das eleições legislativas antecipadas, além de confirmar as presidenciais para novembro de 2025. Durante a cerimônia de cumprimentos de Ano Novo com representantes de diversas instituições nacionais, Embaló lançou um desafio à oposição: "Quem discordar que vá ao tribunal. A afirmação faz referência à decisão do Supremo Tribunal de Justiça que, em 2020, validou seu mandato a partir de 4 de setembro daquele ano, após contencioso eleitoral. A oposição, no entanto, argumenta que o mandato de Embaló deve terminar em 27 de fevereiro de 2025, data da sua posse simbólica, ocorrida em um hotel em Bissau
Sissoco Embaló declarou que realizará consultas com partidos políticos e plataformas eleitorais para definir a data das legislativas, enfatizando que “o povo deve decidir”. Ele também instruiu o primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, a priorizar o planejamento técnico e financeiro para viabilizar as duas eleições.
As legislativas deveriam ter ocorrido em 24 de novembro de 2024, mas foram adiadas por falta de condições técnicas e financeiras. Agora, Embaló reafirma seu compromisso em garantir que as eleições sejam realizadas com transparência e organização.
O Presidente voltou a criticar a proliferação de partidos políticos no país, defendendo a formação de plataformas como um passo em direção à consolidação democrática. Ele sugeriu que o modelo ideal seria uma alternância bipartidária, como em Cabo Verde ou nos Estados Unidos.
“Se não for o MpD e o PAICV em Cabo Verde, são os democratas e republicanos nos EUA. A Guiné-Bissau precisa caminhar nessa direção”, afirmou.
Se reeleito, Embaló promete priorizar a realização das primeiras eleições autárquicas na história do país antes de qualquer consulta popular. Para ele, as autarquias são fundamentais para descentralizar o poder e desafogar o governo central.
“Todos os partidos que venceram legislativas têm medo de eleições autárquicas. Isso é a chave para um futuro mais equilibrado”, defendeu.
O Parlamento foi duramente criticado por Embaló, que o classificou como o principal foco de instabilidade política e corrupção no país. Ele acusou o órgão de criar crises que comprometem o progresso nacional. “Enquanto eu for Presidente, ninguém fará chantagens ou me terá como refém”, advertiu.
Umaro Sissoco Embaló continua a enfrentar resistência política, mas reforça sua postura de liderança firme. Ao alinhar suas ações com a promessa de reformas estruturais, ele busca consolidar sua posição no cenário político da Guiné-Bissau, apesar das tensões crescentes com a oposição.
Com eleições se aproximando, a Guiné-Bissau se prepara para mais um capítulo de sua complexa trajetória democrática.
Por:Jorge Dafa