Desde a independência, nunca tivemos água potável”, denuncia chefe da Tabanca de Darsalamo

Mamadi Seidi alerta para o abandono da comunidade e pede apoio urgente das autoridades e organizações internacionais.
O chefe da Tabanca de Darsalamo, localizada na seção de Cutia, setor de Mansoa, região de Oio, norte da Guiné-Bissau, Mamadi Seidi, afirmou nesta quarta-feira (23), em entrevista à Betegb , que a comunidade nunca conheceu água potável para consumo humano desde a independência do país, em 1973.
Durante a entrevista, Mamadi Seidi expôs as dificuldades enfrentadas pelos habitantes de Darsalamo, destacando principalmente a precariedade das infraestruturas rodoviárias. Segundo ele, a falta de estradas em boas condições agrava o isolamento da tabanca e dificulta o acesso a serviços básicos e atividades econômicas. O líder comunitário fez um apelo direto às organizações internacionais, aos projetos de desenvolvimento e ao Presidente da República, solicitando atenção urgente para as necessidades da população. "Estamos esquecidos. Precisamos de ajuda para garantir água potável, melhorar as estradas e dar dignidade aos nossos moradores", lamentou Seidi.
Outro problema sério apontado pelos populares é a travessia do rio que liga Mancuntu a Darsalamo. Segundo os moradores, a falta de uma ponte ou meio seguro de travessia compromete a mobilidade e prejudica o dia a dia das famílias, que dependem da travessia para ir às plantações, escolas e centros de saúde.
A situação em Darsalamo reflete um problema crônico em muitas comunidades do interior da Guiné-Bissau, que continuam a viver em condições extremamente difíceis, décadas após a independência. Reportagem de Siaca Sissé, correspondente da BETEGB no setor de Mansaba.

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