Amor e sexo no espaço: o tabu que pode mudar o futuro da humanidade fora da Terra

Pesquisadores defendem a criação da sexologia espacial para explorar a intimidade no cosmos e promover o bem-estar dos astronautas e futuros colono.
A exploração espacial sempre foi marcada por desafios técnicos, científicos e humanos. No entanto, um aspecto essencial da vida parece ter sido deixado de lado: a sexualidade. Enquanto nos preparamos para missões de longa duração e a possível colonização de outros planetas, a ausência de discussões sobre o tema pode comprometer o bem-estar emocional e psicológico dos astronautas.

Estudos recentes, liderados por Simon Dubé, da Universidade de Concórdia, no Canadá, propõem uma nova área do conhecimento: a sexologia espacial. Publicado na revista The Journal of Sex Research, o artigo sugere que a intimidade extraterrestre seja abordada de forma científica, reconhecendo sua relevância biológica, psicológica e social
Embora o sexo nunca tenha sido oficialmente registrado em missões espaciais, pesquisadores argumentam que liberar o erotismo no espaço poderia melhorar a saúde mental dos astronautas, fortalecer vínculos emocionais e até ajudar na adaptação à vida em ambientes extraterrestres
Embora o sexo nunca tenha sido oficialmente registrado em missões espaciais, pesquisadores argumentam que liberar o erotismo no espaço poderia melhorar a saúde mental dos astronautas, fortalecer vínculos emocionais e até ajudar na adaptação à vida em ambientes extraterrestres
Segundo Dubé e sua equipe, "serão as relações humanas que determinarão se prosperaremos como uma civilização espacial". Apesar de o tema ser evitado por agências espaciais como NASA, ESA e Roscosmos, a ciência já explorou os efeitos da microgravidade na reprodução de animais, como roedores e anfíbios, mas sempre negligenciou o impacto nas relações humanas
O estudo defende que abordar a sexualidade no espaço de forma holística poderia não apenas beneficiar os astronautas, mas também trazer avanços significativos no combate a problemas como sexismo e assédio em ambientes profissionais de alta pressão

Com o potencial de abrir novos horizontes, a sexologia espacial sugere que a sexualidade humana deve ser vista como um componente essencial para o sucesso da vida fora da Terra. Seja no apoio à saúde mental ou na construção de vínculos em futuros assentamentos interplanetários, explorar esse tabu pode ser o próximo passo para uma verdadeira evolução nas estrelas.

Quebrar esse silêncio é um convite para olhar além dos foguetes e tecnologia e entender que o maior desafio da humanidade no cosmos é, antes de tudo, permanecer humana.

Redação: Betegb Fonte:CNN BRASIL

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